terça-feira, 19 de outubro de 2010

salada de fugas.

a morte a cada dia que passa menos me intimida
e mais me confronta.
cada dia que passa mais fácil fica decifrá-la.
soando os mais belos acordes da fé.
mais que fé?
a fé da hipocrisia,da ignorância?

oscilo entre os extremos da malicia e da pureza
me perco na incerteza de um 'eu' que liricamente não sou.
pra que métrica,se a recíproca não é verdadeira?
se fosse discorreria nessas cartas os mais belos sonetos,
estudaria as silabas poéticas,faria rondós e rondeis.

os guardas não me prendem,sou puritano.
a igreja não me absolve,sou pecador.
sou o 'meio termo', a razão.
ou não.

sou o compreensível incompreendido.
o surpreso mais consciente.
o burro mais inteligente
e acima de tudo o triste mais feliz.

abuso e tenho sucessivas overdoses,
da pior droga que existe: a lucidez.

sábado, 28 de agosto de 2010

tarada,indefesa,alucinante.

Me jogo ao mar...
Quero me afogar naquela imensidão de água e sal que abrange toda minha vista,
e matar, matar a pouca carne que me restar,
pois minh'alma chora pela morte da perda
a perda de um amor incostante,
que por mais que doesse era bom,
agora o que me resta é o vazio,
o que me resta é a projeçao,da pessoa ideal.
a pessoa que entenda minha caretisse,
que converse com os meu pensamentos,
como se falasse com seu sub-consciente.
como ela virá?tarada,indefesa,alucinante?
meu coraçao bate mais forte ao tentar decifra-la,
ao tentar entende-la,será que ela existe?
afoguei-me.

palpites,correçoes e melhoras,creditos a Leandro galisa.

sábado, 24 de julho de 2010

PALHAÇO


O palhaço precisa ser tudo!
O palhaço precisa ser melancólico.
O palhaço precisa ser bêbado.
O palhaço precisa ser louco,
precisa ser rouco,bobo,oco
O palhaço só não pode ser palhaço.

Ele precisa se pintar,
precisa se vestir,
se coçar,se matar,fazer rir,
so nao pode rir.
Nao pode xingar,
Nao pode falar
Nao pode gritar,
Nao pode cantar,
Nao pode dormir,
Nao pode lutar,
Nao pode chorar,
Nao pode morrer
Nao pode ser melancólico,
nem bêbado,nem louco...
o palhaço precisa somente ser palhaço...

A sina da aranha

um dourado fio de queratina
dropa sobre a loucura dos meus pensamentos
a comeia instalada nos teus olhos
faz o mel que adoça a minha vida

entre as bocas que cospem nas feridas
quando cospe cicatriza os meus anseios
quando pedes,nao queres o meu beijo
quando abraças,envolve so a carne
quando mentes,me trai em outros braços
de um outro de um lugar tao longe

e pelo bem que me queres nao me tentas.
pois entao todo tempo a me tentar
quando digo pra ir e nao voltar,
na verdade sabe o que eu digo.

e as presas da aranha que aqui ficam
inramadas por um só sentimento,
costuradas por um ser violento,
que faz dor,sem pesar de maltratar

vem aranha de fios endouradados,
cujos olhos adoçam minha vida,
que me cospe por horas nas feridas,
e me faz dá razao a essa partida
quanto mas tu me comes,mas te quero,
quanto mas eu te quero,me vomitas!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Nostalgia Eduardiana

vou a meu proprio funeral
deixo rosas antes dos meus sentimentos serem enterrados
meu arquivo pessoal,
tento queimar,
mas como fênix,
todas as lembranças,renascem das cinzas
agora sei como dói morrer

tudo cinza,
sem herdeiros,sem dinheiro,
contas pra pagar.
sigo ainda pelos becos,embriagando,
a maquina que um dia carregou um coração
não vou chorar.
as gotas secas que caem do meu rosto
choram muito mas que as salgadas
que manchavam a minhas velhas cartas.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

As minhas pseudo-s aventuras na Vila do Sossego

Deparo-me com uma placa caída,na entrada de um cercado,-vi-la-do-sos-se-go.aquele velho cheiro de fumo,entranhava pelo meu nariz,o porteiro era um velho cantador de viola,que pontilhava a dor de suas alegrias a todos que passavam por ali,jogado pela vargem verde,estava o lar de todos os moradores da vila do sossego.
Na vila só entrava quem estivesse em busca da felicidade,independente de cor,raça,sexo,idade.Ah,como era boa aquelas tardes,a fogueira de gravetos,deixava meus olhos mas vermelhos que o normal,o violão soava mas calmo,a melodia harmoniosa que tocavam na vila,lavava a alma do pior pecador.os girassóis enfeitavam os cabelos das lindas mulatas que ali residiam.Mulatas...ah...aquelas mulatas,diziam que sentiam prazer em brincar de fazer prazer.La você era quem você queria ser,na hora que você quisesse.Os ventos enrolavam meus dreads ao mesmo tempo que sopravam lindas ondas naquele oceano sem fim,se o paraíso existe,ele esta aqui,ou melhor estava.
Acabei de ser acordado por um Sr. alto ,loiro,forte,de olhos verdes,chamado de Homo Sapiens.