Já me vem à cabeça aquele queixo pontudo, linda, pele seda. Ceda à pele! Triste passar mais um inverno sem a nostálgica alegria da tua companhia... Era tarde, muito tarde quando ela partiu, levando na bagagem, o horizonte. Meu horizonte: um violão, uma camisa em cima da TV, meia garrafa de vinho, e um vazio. Não existe radio que sintonize a minha dor. Mariana se foi e plantou o pranto em meu peito, nem Livías,nem Marias,nem Joanas, conseguirão suprir o louco desejo por uma mariana,não qualquer mariana! A minha Mariana! Volta e lava com o verde dos teus olhos todo o cinza que restou,retorna aos meus braços,faz de meus dedos pente, penteia teus cabelos e raspa da quina de minh´alma esse pedaço já mofado de dor.
domingo, 11 de setembro de 2011
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
sinestésia.
e meu coração involuntariamente,
junta todas as partes e cola.
Como foi intenso aquele tempo
Como foi quente aquele inverno.
Lembro-me do sabor de minhas pernas quando se emaranhavam em lençóis,livros,e outras pernas...
Minha língua lembra da face do teu beijo,da visão da tua boca,
sinto até hoje o cheiro do teu olhar.
A textura do pensar,
o gosto do tocar,
o cheiro do beijar,
a sinestesia dos meus versos,
a contradição do coração,
'o esforço pra lembrar'
e 'a vontade de esquecer'.
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
sinto-me como um cigarro. quando me colocas em tua boca,e me puxa. vejo minha brasa,brilhar,fumaçar. então por um instante vou a loucura,só por um instante. Com a velocidade de uma nóia, volto ao meu estado original,de moribundo depressivo. logo vejo-me bambeando entre seus dedos,aflito!Me jogas ou me tragas? nessa situação já não sinto se sou tabaco,ou se sou apenas o filtro. quando novamente,relaxo,sou colocado no berço do seus lábios, tenho orgasmos ao sentir seu batom vermelho me molhar, ao sentir você me consumir,então tudo volta a ficar cinza. você ainda me tem nas mãos,mesmo estando prestes a me jogar, sentistes prazer em me consumir,me consumindo. e ao sentir o calor do fogo tocar no intimo do meu filtro, sinto o maior prazer de todos,o de saber que minha morte, acarretará a sua.
eu também te consumo.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
salada de fugas.
e mais me confronta.
cada dia que passa mais fácil fica decifrá-la.
soando os mais belos acordes da fé.
mais que fé?
a fé da hipocrisia,da ignorância?
oscilo entre os extremos da malicia e da pureza
me perco na incerteza de um 'eu' que liricamente não sou.
pra que métrica,se a recíproca não é verdadeira?
se fosse discorreria nessas cartas os mais belos sonetos,
estudaria as silabas poéticas,faria rondós e rondeis.
os guardas não me prendem,sou puritano.
a igreja não me absolve,sou pecador.
sou o 'meio termo', a razão.
ou não.
sou o compreensível incompreendido.
o surpreso mais consciente.
o burro mais inteligente
e acima de tudo o triste mais feliz.
abuso e tenho sucessivas overdoses,
da pior droga que existe: a lucidez.
sábado, 28 de agosto de 2010
tarada,indefesa,alucinante.
Quero me afogar naquela imensidão de água e sal que abrange toda minha vista,
e matar, matar a pouca carne que me restar,
pois minh'alma chora pela morte da perda
a perda de um amor incostante,
que por mais que doesse era bom,
agora o que me resta é o vazio,
o que me resta é a projeçao,da pessoa ideal.
a pessoa que entenda minha caretisse,
que converse com os meu pensamentos,
como se falasse com seu sub-consciente.
como ela virá?tarada,indefesa,alucinante?
meu coraçao bate mais forte ao tentar decifra-la,
ao tentar entende-la,será que ela existe?
afoguei-me.
palpites,correçoes e melhoras,creditos a Leandro galisa.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
sábado, 24 de julho de 2010
PALHAÇO
Ele precisa se pintar,